Conta à história, que um pai vivia com seu filho em um casebre muito pobre de barro e sem quase nada que pudesse suprir alimentação para a sua sobrevivência.
Também viviam tão longe de qualquer vizinho no deserto...
O pai tinha uns poucos animais que sustentavam a alimentação como a cabra com o leite e as galinhas com os poucos ovos. Todo dia o pai tinha que bem cedinho caminhar vários quilômetros em busca de alimentos.
Muitas vezes ele já voltava quase à noite e não conseguia sequer um coelho pegar. Voltava de mãos vazias e triste entrava em seu casebre num silêncio não querendo talvez acordar o seu filho tão magro, doente e sem nenhum recurso para cura-lo naquele deserto no fim do mundo...
Toda noite, o pai sentava na beira da cama de palha do seu filho e contava histórias para o seu filho dormir...
O pai sempre falava em suas histórias do Rabi que fazia milagres em todos lugares nas suas caminhadas de pregações.
A noite estava de lua cheia. Clareava o deserto em total silêncio.
O pai entrou bem devagarzinho, deu um beijo na testa do seu filho e foi sentar-se na beira da cama do menino.
O menino abriu os olhos e sorriu...
O pai dizia ao teu filhinho tão frágil, tão doente e indefeso:
- Filho, eu vou contar hoje a história de um Rabi. O Rabi era quem todos queriam acreditar e Ele sabia daqueles que Dele necessitavam e caminhava até os confins do planeta para atender as necessidades e salvar os filhos que Nele acreditavam...
- Mas pai – dizia o menino – como o Rabi sabia de quem Dele precisava uma ajuda?
O pai olhava triste para o filho e mal respirava na dor de sofrimento do seu coração...
- Sabe meu filho, o Rabi subia montanhas, atravessava desertos e continentes para chegar até aqueles necessitados... Dizia ser filho de Deus que veio para nos salvar dos pecados e muitos achavam Ele ser um grande impostor e queriam mata-lo com pedras e palavrões...
O filho ficava olhando o pai e pensando em tudo que escutava. O silêncio se fez por algum tempo e
depois o filho perguntou:
- Pai este Rabi ia também nas casas das crianças doentes e pobres?
- Sim meu filho e até ressuscitava os mortos.
O filho ficava triste ouvindo tudo e sem nada entender...
O pai no silêncio olhava o filho tão triste sem saber que fazer para tentar cura-lo daquela doença que já havia levado a sua esposa para o Reino de Deus e o outro seu filho. Só tinha ele e o menino lutando para sobreviverem, mas também estavam a
caminho do Reino de Deus. .
Lá fora a noite continuava linda com muitas estrelas e a lua cheia que fazia da noite ser um lindo dia...
O pai disse:
- Meu filho, este Rabi tem o tempo Dele muito ocupado para tantos milagres ter que fazer... Ele o rabi, só procura aqueles que crê Nele meu filho.
- Mas pai, se o Rabi ama a tantas crianças, porque Ele não me ama também papai?... Se Ele acorda as pessoas que morrem pai, então Ele pode acordar mamãe e meu irmãozinho de volta do Reino de Deus para aqui em casa, não é mesmo papai?
O pai olhava com os olhos cheio de lágrimas para os olhos do seu filho e sem nada dizer abaixava a cabeça com uma grande tristeza...
O pai, levantou a cabeça e olhando seu filho respondeu:
- Meu filho, você tão pequeno, tão doente, tão indefeso e morando no fim do mundo neste deserto infinito de terras e nada mais, o Rabi nunca iria ao encontro de crianças assim tão longe.
- Mas papai, eu acredito neste Rabi que tanto faz por todas crianças e Ele não me ama pai, porque?
- Sim filho, Ele ama a todas crianças, mas vivemos tão longe Dele que Ele nunca iria lembrar de aqui curar você. Talvez o Rabi acha melhor que você esteja com o tempo para ir ao Reino de Deus com sua mãe e seu irmãozinho.
O filho tão raquítico sem poder quase se mexer na cama, triste ficava e as lágrimas lentamente desciam no seu rosto porque ele não entendia a distancia que o Rabi vivia e achava que nunca seria curado.
Cansado de tanto chorar, o menino disse: - Papai, eu vou sonhar com este Rabi que ama as crianças. Assim meu pai eu irei conhecer Ele.
O pai tudo escutava tão triste e calado. O silêncio era grande que ele e o menino ficavam pensando sem nada dizer por um longo tempo. A sua respiração trazia dor no seu coração.
- Oh meu filho!!!... O Rabi te ama sim como você o ama também, mas Ele nunca irá vir aqui meu filho amado...
O filho chorando em prantos dizia:
- Oh meu pai!!!... Se Ele ama mesmo a todas crianças, porque então não vem aqui meu pai?
E continuaram naquele silêncio onde as tristezas e incompreensões entristeciam o pai e o filho...
De repente a porta do casebre foi lentamente abrindo...
E Ele disse:
- AQUI ESTOU...
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